Ética na IA: personalização sem invadir a privacidade

Especialista destaca que relevância deve respeitar privacidade para gerar confiança na era da personalização e da IA

Adnews

13.08.2025

Ética na IA: personalização sem invadir a privacidade

Por Mario Marchetti

Você já parou para pensar que, hoje, a maior vantagem competitiva pode ser… não saber tudo sobre seu cliente?

Pode parecer contradictorio com aquilo que eu venho falando nas colunas anteriores se você acompanhou elas. Mas, me permita te explicar.

Pois é. No meio dessa corrida para hiperpersonalizar, prever cada passo e falar no momento exato, existe um fio muito fino, que é de fato fácil de romper, entre a relevância e a invasão.

Na Frequencia Beta, a gente fala de futuro das comunicações, mas também de escolhas. E aqui vai uma provocação: até onde sua marca está disposta a ir para acertar na mensagem? Com LGPD, não é mais questão de “cumprir tabela” em compliance. É sobre construir confiança como ativo de marca. Não adianta entregar o anúncio perfeito, na hora perfeita, se o consumidor sente que foi observado além do que gostaria. É o famoso creepy factor: aquele arrepio que não converte, repele. A boa notícia? Dá para fazer diferente.

Canais como RCS e WhatsApp — quando usados com transparência e mensagens verificadas, permitem que a personalização seja clara, consentida e segura. Não é espiar, é convidar para conversar. É mostrar que você sabe, mas que só usa o que sabe com responsabilidade. Marcas que entendem isso não só evitam crises: elas criam defensores. Porque confiança é como reputação, demora para conquistar, mas basta um deslize para perder. É um desafio mesmo. E na era da IA, perder confiança é mais rápido do que abrir uma aba no navegador. Vamos relembrar a citação do Warren Buffet "Leva 20 anos para construir uma reputação e 5 minutos para arruiná-la".

Então, me diga: na sua próxima campanha, você vai ser lembrado pela experiência incrível que ofereceu… ou pelo desconforto que causou?

A Frequência Beta segue aqui, ajustando o dial entre tecnologia, marketing e humanidade. Porque no fim, o que vale não é o quanto você conhece seu cliente, mas o quanto ele confia em você. Sempre estamos en Frequência Beta.

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