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A mídia Out of Home (OOH) tem vivenciado uma evolução acelerada nos últimos anos, impulsionada pela digitalização e pela inovação tecnológica. Silvia Ramazzotti, presidente do Comitê de DOOH do IAB Brasil e diretora de marketing da JCDecaux, destaca que este setor está em um momento de transformação inédito, marcado por oportunidades e novos desafios para os profissionais de marketing e marcas.

A mídia OOH, também conhecida como mídia exterior, engloba todas as mensagens e ações publicitárias que atingem o público fora de suas casas, ou seja, em ambientes de movimentação pública. “O OOH tem crescido de forma relevante no Brasil nos últimos anos”, observa Silvia, mencionando o estudo Inside OOH 2023 da Kantar IBOPE Media, que revela que o Out of Home já atinge 89% da população brasileira regularmente, alcançando um índice ainda maior em cidades como São Paulo (91%) e Brasília (95%), consolidando-se como o segundo meio mais consumido no país.

“Atualmente, o OOH já representa o terceiro maior share de investimento publicitário no Brasil, com cerca de 10% do mercado”, aponta.

A digitalização desempenha um papel crucial nesse contexto, com 93% das pessoas indicando que os formatos digitais chamam mais atenção do que as mídias tradicionais, conforme observado no estudo da Kantar. Ramazzotti enfatiza que essa transição para o digital traz vantagens significativas para o setor, incluindo a capacidade de criar campanhas mais interativas e dinâmicas, maior flexibilidade na veiculação de anúncios e a possibilidade de personalizar as mensagens para públicos específicos.

“Isso mostra que o processo de digitalização está em evidência, englobando todos os players do mercado”, destaca.

Segundo a presidente do Comitê de DOOH do IAB Brasil, a introdução de novos formatos de compra, como a mídia programática, também está moldando essa indústria. Ela destaca que a mídia programática permite uma segmentação mais precisa da audiência, possibilitando que as marcas veiculem campanhas altamente direcionadas com base em dados de inteligência.

“As marcas podem anunciar em regiões pontuais da cidade, em diferentes tipos de ambientes/modais, escolhendo um mix de ativos de acordo com o público-alvo que desejam atingir”, afirma.

No entanto, os desafios persistem, especialmente em relação à mensuração de resultados e ao estabelecimento de métricas padronizadas. A executiva ressalta a importância de investir em inteligência de dados e tecnologia para superar esses obstáculos e garantir que as campanhas de DOOH sejam eficazes e mensuráveis. Quanto ao futuro da mídia OOH, ela enxerga um cenário onde a personalização e a interatividade se tornarão ainda mais proeminentes.

“O futuro da mídia DOOH não é uma compra por roteiro, mas sim por inteligência de dados. Os profissionais de marketing devem estar atentos aos novos recursos de inteligência artificial, para criar campanhas assertivas e que promovam experiências singulares para a audiência, fortalecendo as conexões com o público”, diz.

Dessa forma, a mídia OOH continua a oferecer oportunidades singulares para os profissionais de marketing e para as marcas que buscam se destacar em um cenário competitivo e em constante mudança. Nesse contexto, o IAB Brasil, associação que tem como objetivo o desenvolvimento sustentável da publicidade digital no país, trabalha para produzir materiais e conteúdos que auxiliem profissionais do setor no entendimento de tendências.

 

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